Maternidade nos dias atuais
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Foto 02 |
A maternidade como escolha é uma novidade moderna, contemporânea, consolidada no decorrer do séc.XX junto com o processo de industrialização, urbanização e da emancipação feminina no Brasil e no mundo.O caminho foi árduo até aqui. Esse papel de mãe,
desenhado como caminho certo para mulher, e seu papel na instituição familiar foi
muito trabalhado na sociedade ao longo dos últimos séculos.
Se voltarmos só um pouco no tempo, veremos a
maternidade sendo relacionada a ideia do amor romântico, e sendo fortemente
associada a feminilidade. Fazia parte dos ideais femininos, ser mãe.
Então, no séc. XIX, acontece uma mudança. A transição
do modelo tradicional de maternidade, onde a mulher era exclusivamente e essencialmente
mãe, com muitos filhos pra criar, para o modelo moderno onde a mulher também é
definida essencialmente como mãe, mas tem outras possibilidades, agora com
menos filhos e já planejados.
Houve uma reinvenção da Maternidade como vocação
feminina, pelas classes dominantes. Passou-se a exaltar o papel natural da
mulher como mãe, com todas as obrigações e deveres na criação dos filhos. A
mulher passa a ter um controle maior sobre a criação dos filhos, limitando sua
função social à maternidade. O papel idealizado da mãe perfeita, dedicada
exclusivamente à criação e educação dos filhos, é constantemente reforçado.
Mas a realização desse “Ideal de Maternidade” era
impossível de ser alcançado pela maioria da mulheres, que eram pobres, que com
a Revolução Industrial passam a ser força de trabalho. E agora tinham de dar
conta de duas jornadas de trabalho.
Em 1901, no Brasil quase 68% da mão de obra empregada
na indústria de fiação e tecelagem era feminina. Trabalhavam de 10 a 14 horas
por dia, em péssimas condições de higiene e sob grande controle
disciplinar. Mas não acaba aí. Saindo das fábricas iam para casa, onde
seus filhos e todos os afazeres domésticos a aguardavam.
Da década de 60 para cá, houve uma mudança muito
grande para a mulher. Os processos sociais, com a globalização econômica, novos
comportamentos e formas de consumo. Entre eles o consumo crescente de novas
tecnologias reprodutivas (contraceptivos e conceptivos: Pilula
anticoncepcional, que passou a ser uma opção, pilula do dia seguinte, Fertilização In Vitro,
Inseminação Artificial e outros...)
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Foto 03 |
Muita coisa ruim aconteceu também. Nos anos 80 foi
assustador o numero de esterelizações feitas no Brasil, mesmo com a pilula e
outros métodos eficazes para o controle da natalidade.
Muitas mulheres morreram fazendo abortos em clínicas
clandestinas. Ainda acontece muito. É um assunto que precisa muito ser
discutido.
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Foto 04 |
A maternidade pode ser um
caminho ou não.
É uma escolha pessoal. Em que momento de sua vida a maternidade entrará, ou e se, é algo que ela realmente deseja para sua vida.
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Foto 05 |
É uma escolha pessoal. Em que momento de sua vida a maternidade entrará, ou e se, é algo que ela realmente deseja para sua vida.
Como a mulher quer vivenciar
a maternidade também é escolha dela. Se será profissional e mãe ou dona de casa
e mãe. Se será mãe solo, ou se terá um companheiro.
Ainda há um caminho longo na
luta pelo respeito a sua escolha quanto a maternidade. As mudanças são
constantes. E a tendência é que se igualem ou cheguem próximas as conquistas
das mulheres dos países desenvolvidos.
Ótima reflexão!!! Pelo visto, vou amar esse blog!... texto muito atual!!!
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