Geração NoMo


    O grupo “NoMo” (tradução: Not Mother), é a nova geração de mulheres que fizeram a escolha de não ser mãe e querem ser respeitadas por essa e outras escolhas que as mulheres fazem sem que tenham de dar tantas explicações para terem a aprovação da sociedade como um todo.

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    As características mais comuns das mulheres que fazem parte do “NoMo”, são:
  •     Idade entre 25 e 35 anos;
  •     Ensino superior;
  •     Vida financeira estável;
  •     Desejo de viajar e ser independente;
  •      Maior liberdade de tempo;
  •     Não ter encontrado um parceiro que as despertasse o desejo de ser mãe.


   Essas mulheres não se incomodam com o discurso que a sociedade prega do que é certo ou errado sobre suas escolhas, apenas tentam viver da forma que as fazem felizes e se sentirem realizadas com outros propósitos de vida. Porém, mesmo não se importando com os julgamentos, não significa que seja agradável ter que ouvir comentários de que a mulher será completamente feliz se for mãe. Fora aquelas pessoas que ainda dizem que é necessário ter filho para ter com quem viver quando for idoso, como se isso fosse garantia de alguma coisa.
    
    Essa ideia nasceu na década de 70 com o surgimento da popularização dos anticoncepcionais, fazendo mudar a mentalidade de muitas mulheres. Pois antes disso, as mulheres tinham a consciência que quando tinham relações sexuais podiam engravidar, elas querendo ou não.


Explicação cientifica sobre o desejo de não ser mãe

    Para muitas mulheres o sentido de felicidade não é mais focado em casar e ter filhos, pois as possibilidades para as mulheres se expandiram.  Essa nova geração tem outros desejos e realizações pessoais, como: construir uma carreira, conhecer o mundo, ser independente, ter a liberdade de ir para onde quiser e quando quiser.
    Essa tendência da modernidade tem explicações dadas por cientistas, que segundo o estudo defendido por eles, quanto maior o quociente de Inteligência da mulher, menor a vontade de ter filhos. A cada 15 pontos a mais no QI, caem em 25% o desejo de ser mãe.

    Um dos primeiros estudos a questionar a premissa de que a maternidade traz indiscutível felicidade foi elaborado em 2004 pelo economista americano ganhador do Prêmio Nobel, Daniel Kahneman. 
    Ele entrevistou mais de 900 mulheres no Texas e descobriu que a tarefa de cuidar dos filhos estava em 16º lugar, num ranking de 19 atividades mais prazerosas. Coisas como cochilar, falar ao telefone e rezar são consideradas mais divertidas. Uma outra pesquisa, feita em 2008 na Universidade de Iowa, nos Estados Unidos, revela que a relação entre os casais esfria depois do nascimento dos filhos. Para as mulheres entrevistadas, a satisfação com o casamento caiu quatro pontos ao longo do primeiro ano do rebento.

    A relação entre filhos e felicidade foi abordada de fo
rma direta em uma pesquisa conduzida pela universidade americana de Wake Forest. Nos estudos, descobriu-se que os casos de depressão são mais frequentes em pais do que em pessoas sem filhos.   
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        Mesmo com estudos explicando essa escolha de ter ou não ter filhos, a mulher quer ter a liberdade de apenas decidir e ter respeito sobre suas escolhas. A maternidade não é o único caminho para a felicidade e realização da mulher para a harmonia conjugal. Aumentar a família é uma questão de escolha, motivo de reflexão, e de muita polêmica. 
    Nesse grupo também temos famosas que tiveram a coragem de expor publicamente sua escolha de não ter filhos e serem muito felizes assim. As atrizes Totia Meirelles, Leona Cavalli, Patrícia Pillar, Cameron Diaz, Helen Mirren, Oprah Winfrey, Jennifer Aniston, etc. Elas não acreditam que a maternidade seja algo obrigatório, mas sim uma opção.

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Cameron Diaz em entrevista á revista “Marie Claire”, declarou: “As mulheres sabem o que é melhor para suas vidas. Eu nunca fui enfática em dizer ‘vou ter’ ou ‘não vou ter’ filhos. Encaro isso de maneira leve. Se um dia quiser, posso adotar uma criança. Sou muito OK com essa situação e não me preocupo com o que os outros pensam. Não é algo para o qual eu viva. Vivo para mim mesma”.

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Jennifer Aniston se pronunciou publicamente em entrevista ao programa de TV norte-americano “Today Show”, dizendo: “Eu não tenho este tipo de check list de coisas que devem ser feitas, e...se eu não realizei, parece então que eu falhei em alguma parte da minha feminilidade ou em como ser mulher só por não ter dado á luz uma criança".




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Totia Meirelles, atriz que é casada desde 1991 e não mora na mesma casa que o marido, afirma que a maternidade não lhe cairia bem. “Sou feliz por essa decisão. Tiro o chapéu para as mães, mas me sinto aliviada por não ser uma delas. Acho que hoje é muito difícil educar uma pessoa, criar outro ser humano. Essa relação pode dar certo ou não. E imagina quando não dá certo?”, ponderou a atriz em entrevista ao site “M de Mulher”.

A
geração “NoMo”, tem levantado muitas discussões na sociedade para quem é a favor e quem é contra. Em 2009, a escritora suíça Corinne Maier invadiu à força as livrarias com uma atitude radicalmente oposta. O livro Sem Filhos: 40 Razões Para Você Não Ter, dinamitou qualquer tentação de ferir sensibilidades e verbalizou o que muitas mulheres pensam. “Os filhos são um pé no saco. Se você não tem, desfruta mais do sexo e de maiores oportunidades de trabalho”, disse Maier. Deixando de lado qualquer opinião, o que parece evidente é que a Geração NoMo se apresenta como a reivindicação de um espaço de respeito e liberdade: o respeito às decisões de uma pessoa e à liberdade de poder tomá-las sem ter de dar explicações.
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